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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Falta de confiança leva a permanência de familiares fora dos hospitais

Em declarações ào Sequele oficial, o especialista em Ortopedia disse que a permanência de familiares nas imediações dos hospitais é uma questão social e de consciência, pois os pacientes recebem todos os cuidados dentro do hospital, desde a medicação até a alimentação.
Segundo o médico, é preciso fazer todos os possíveis para que a população mude de pensamento e ganhe cada vez mais confiança das instituições sanitárias, passando uma imagem de credibilidade, para que ela não continue a pernoitar ao ar livre.
“ Com essa prática, os familiares estão sujeitos a todos os riscos, como serem assaltados e adquirir diversas doenças, devido a forma que ficam expostos ao ar livre diariamente, enquanto o seu familiar estiver internado”, salientou.
De acordo com a fonte, muitos familiares apontam que a distância de suas residências para o hospital e a falta de dinheiro como razões que os leva a pernoitar ao redor ou próximo da instituição sanitária.
Reconheceu ser necessário incutir a mudança de mentalidade com persistência, para que se altere o quadro actual, educando a população para deixar de dormir e vender produtos nos passeios dos hospitais.
Acrescentou que esta sensibilização deve ser feita pelas administrações distritais ou municipais, com a realização de palestras, na presença de psicólogos para persuadir os familiares a deixar de permanecer nos hospitais.
Disse que esses familiares acumulam lixo do que consomem na porta do hospital, assegurando que o mesmo permite a disseminação de diversas doenças, entre elas a malária e a febre tifóide.
A Angop deu voz às famílias que permaneciam na porta do hospital e, de acordo com a senhora Maria de Fátima, vendedora ambulante, que estava defronte à unidade porque tinha um familiar internado, não há necessidade de se permanecer naquela circunscrição, reconhecendo que as equipas médicas tudo fazem para assistir os doentes.
Já para António Panguila, funcionário público, que tem a filha internada com malária, agora o hospital está a melhorar o  atendimento, apesar de haver vezes que até luvas eram pedidas aos familiares.
“Eu já tive vários familiares aqui internados e, muitas vezes, foi-me pedido até medicamentos em falta no hospital, apesar que há mais de um ano não ouço solicitação do gênero, mas, por uma questão de habito e prevenção, pernoito aqui ”, realçou.

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